Hereafter Eternidade – Tara Hudson

Amélia não sabe quem é, não sabe seu sobrenome, não sabe quem são seus pais e não sabe como morreu... Sua única certeza é de que está morta e que morreu afogada no rio escuro e turbulento sob a Estrada Ponte Alta, mas não sabe se caiu ou se suicidou. Ela revive sua morte milhares de vezes e sempre acorda em um cemitério, no qual ela recusa-se a olhar à sua volta. Sem ninguém para vê-la ou ouvi-la ela vive em um eterno pesadelo de solidão, até que ela conhece Joshua.

Joshua estava se afogando no mesmo rio em que Amélia morreu e tomou como seu lar. E ela sabia que deveria salvá-lo, e foi o que fez, mas não tinha ideia do que aconteceria depois. Amélia nunca poderia prever que Joshua conseguisse vê-la, muito menos que ele procuraria por ela, mas a única coisa que nunca poderia imaginar é como se sentiria sobre ele, e com ele. Juntos, eles desvendam os segredos sobre Amélia e ultrapassam as barreiras da vida e da morte.

Mas nem tudo é felicidade, e Amélia sabe muito bem disso. Principalmente quando Eli surge no momento mais inoportuno. Eli é aquilo que ela procurou durante anos, outro fantasma que pudesse lhe explicar o que acontecia com ela. Mas quando ele aparece tudo que ela quer é que ele vá embora, pois Eli a quer para si, e não de uma boa maneira e ele fará de tudo para conseguir o que deseja, mesmo que tenha que arruinar sua tão recente felicidade.

“Hereafter” é leve, agradável, divertido, romântico, delicado e melancólico. O livro é em 1º pessoa e narrado pela Amélia. A autora, Tara Hudson, escreveu de forma poética e suave, mas acho que faltou um pouco mais de desenvolvimento na relação de Amélia e Joshua. O triângulo amoroso com o Eli também não deu muito certo, pois desde o começo é bem óbvio que a Amélia nunca escolheria ficar com o Eli por vontade própria. Entretanto, como “Hereafter” é uma trilogia, ainda tem muita coisa pra rolar e eu não vou fazer suposições. Já é um milagre que eu tenha adivinhado algumas coisas de Darkest Powers!

Esse não é o tipo de livro que faz você ansiar loucamente por ele, mas a cada capítulo “Hereafter” te deixa curioso e faz você querer pular alguns capítulos só para saber o que aconteceu com a Amélia, mas não é aquela curiosidade que está sempre no fundo da sua mente te incomodando.  É só o suficiente para você continuar lendo e admirar a história comovente que “Hereafter” é.

Pra encerrar, um trechinho do livro:

“É claro que eu sabia da importância dele agora. Eu me dei conta disso bem no fundo do meu, agora bem desperto, âmago. Não sabia nada sobre ele... sua idade, seu sobrenome, como seria sua voz ao falar meu nome. Mas sabia que a minha existência tinha mudado. Para sempre.” Capítulo 2, página 19.

            - Resenha por Carla Pereira.