Cinquenta Tons de Cinza

Mesmo se nunca leu, você provavelmente já ouviu falar de '50 Tons de Cinza', o tão aclamado bestseller erótico. Então confira a resenha e saiba mais sobre o livro que trouxe à tona o tema tabu BDSM.

Jogos Vorazes

Você está tão ansioso quanto a gente para a estréia de 'Em Chamas' no cinema? Enquanto isso por que não conferir a resenha de 'Jogos Vorazes'?

Lola e o Garoto da Casa ao Lado

Confira a resenha do segundo livro da autora Stephanie Perkins, autora de 'Anna e o Beijo Francês'.

Cidade dos Ossos

Dê uma olhada na resenha do bestseller do New York Times que recentemente ganhou uma adaptação para o cinema.

30 julho, 2012

Hades - Alexandra Adornetto

Essa resenha contém spoiler para quem não leu o primeiro volume da série.

Clique aqui, para ler a resenha de Halo.


Levanta a mão que acha que o inferno é um lugar de dor e sofrimento, onde  almas são torturadas e passam à eternidade em profunda agonia, é, eu também imagino assim, mas aparentemente Alexandra Adornetto discorda. Para ela, no inferno você vai ficar hospedado em um hotel cinco estrelas, recebendo café na cama e indo a jantares em uma limusine cor-de-rosa, sim, você leu certo, uma limusine rosa. Ok, eu concordo que todo autor tem a liberdade e o direito de criar o seu próprio mundo (Stephenie Meyer criou o seu próprio mito de vampiros purpurinados que brilham no sol, Lewis colocou um portal mágico para o incrível mundo de Nárnia dentro de um guarda-roupa, sem falar é claro, do fantástico e surreal País das Maravilhas de Lewis Carroll), só que infelizmente todo o cenário de Hades não me convenceu.
O segundo volume da série começa com uma festa de Halloween, onde Molly e outras amigas da nossa protagonista decidem fazer uma sessão espírita, Beth mesmo não achando uma boa ideia, acaba cedente e se juntando a brincadeira. O que ninguém podia imaginar é que isso era o suficiente para abrir um portal e trazer Jake Thorn mais uma vez a Venus Cove. Jake se aproveita da inocência (que nessa altura do campeonato eu já estou chamando de burrice) de Bethany e a arrasta para o inferno na garupa de sua moto, onde Beth descobre que Jake não é um demônio qualquer, mas sim, um dos anjos originais que caíram junto com Lúcifer, o que faz dele um príncipe e que ele está disposto a transformar Bethany em sua rainha.
E é aí que você deve pensar: “nossa, esse livro tem muito mais ação que o primeiro”, e a resposta é não, porque mesmo com possibilidades infinitas de criar uma história cheia de reviravoltas, o livro se torna maçante já que a Beth não para de choramingar pelos cantos enquanto espera que alguém vá salvá-la. Bethany também parece estar menos sagaz do que nunca, aparentemente ela é incapaz de aprender com os próprios erros, inúmeras são as vezes que o excesso de confiança nos outros a deixou em maus lençóis. Em Halo isso até que não me incomodou, mas depois de ser levada para o inferno e conviver com vários demônios, acho que não ia doer ser um pouquinho mais perspicaz, né? Aliás, a protagonista não foi à única que me irritou, Molly tem algumas atitudes tão infantis, que me fizeram querer dar alguns tapas nela.   
As coisas começam a esquentar lá pela página 250, que é quando Lúcifer entra na história – o que rendeu algumas risadas – porém o gancho não é bom e o ritmo continua lento, o que faz que um livro de 336 páginas que poderia ter sido lido em poucas horas, se arraste por quase duas semanas. No fim das contas, a autora enrola, enrola e enrola mais um pouco e joga uma bomba nas últimas duas linhas que deixa o leitor com um enorme ponto de interrogação.
Hades, aparentemente assim como o primeiro volume da série divide opiniões, aconselho a cada um ler e tirar suas próprias conclusões, porém não sem antes avisar que corre o risco de se decepcionar profundamente.


3 Nyans para o livro


Resenha por Vanessa Freitas

28 julho, 2012

The Duff - Kody Keplinger

Desde que Bianca Piper teve seu coração partido ela não acredita em amor, pelo menos em amor adolescente. Garotas declarando seus amores por namorados de uma semana são coisas que irritam profundamente Bianca. Cínica, irônica e reservada em relação aos seus sentimentos, ela não é como os outros jovens de sua idade, além de ser extremamente protetora com suas amigas. É assim que ela se envolve com Wesley Rush, o maior playboy mulherengo de sua escola - e só mais uma das coisas que ela odeia. Depois de se negar a ajudá-lo a ter um "lance" com suas amigas, Wesley a apelida de Duff; - Designated, Ugly, Fat, Friend (Designada, Feia, Gorda, Amiga), a última em uma grupo de amigas para quem os garotos olham e aquela a quem eles nunca dão uma segunda olhada.
Mas Bianca tem problemas maiores em sua vida do que Wesley Rush. Sua mãe, nunca presente, acaba de enviar os papéis do divórcio e seu pai, um alcoólatra em recuperação, ressentido, se entrega novamente à bebida e Bianca se vê tentando de todas as formas se livrar de seus problemas. E nada melhor do que os beijos entorpecentes e sem compromisso de Wesley. Os dois formam uma relação de interesse em que um usa o outro. Wesley como o mulherengo que é, apenas para ter sexo e Bianca para se distrair de suas dores e problemas. Mas Wesley tem mais que um corpo fantástico, ele também tem bons ouvidos dispostos a ouvi-la e compreendê-la e uma real preocupação por Bianca, além de possuir seus próprios problemas. Logo, essa relação de inimigos com benefícios se transforma em algo mais e sentimentos começam a surgir.
Infelizmente esse livro não foi licenciado no Brasil, ou seja, só tem em inglês mesmo. O que é uma pena, porque se tivesse em português eu sairia na mesma hora pra comprar.
Bianca é uma personagem muito realista, é possível realmente se identificar com algumas coisas da rotina dela. Exceto que eu não tenho nenhum Wesley gostosão pra me distrair. A forma relaxada como ela lida com algumas coisas que simplesmente nos deixariam neuróticas - pelo menos eu - é de enlouquecer algumas vezes. Eu lia e pensava "Como você pode agir assim sobre isso? Eu já estaria me enterrando em um buraco a essa altura!".
Pode parecer um pouco estranho Bianca ficar com o mesmo cara que a chamou de gorda e feia, mas acho que Wesley nunca pensou isso sobre ela realmente, e quando eles ficavam juntos ele mesmo ficava se contradizendo chamando-a de Duff sexy. Além de que Wesley não é aquilo que ele sempre quis mostrar a todos, ele possui seus próprios valores retorcidos e princípios. E sentimentos, claro.
Uma coisa que me encantou em "The Duff" foram os palavrões. Geralmente em romance adolescente não tem muito disso, mas esse livro é mais um YA e o que não falta são palavrões. Tem coisas lá que nem mesmo eu digo. Tá, dizendo isso eu pareço uma amante de palavrões, mas o que eu quero dizer é que com essa linguagem mais desleixada tudo parece mais simples, mais compreensível e mais rápido de ler. Aqueles livros com um monte de palavras complicadas em que a cada frase eu tinha que procurar em um dicionário para saber o que significava nunca foram meus favoritos. E entre um livro com palavras que você já está acostumado a ouvir no seu dia a dia e outro em que você não entende nada, é bem fácil de escolher, não é?
Exceto pelos momentos em que Bianca e Wesley estão você-sabe-o-quê a relação dos dois é bem fofa, mesmo que eles tenham pulado algumas etapas de um relacionamento normal. E no fim, essa "coisa" esquisita que eles tiveram foi benéfica para os dois. Encarar a verdade e enfrentar seu problemas foi algumas das coisas que eles aprenderam juntos.
Enfim, eu falei demais, mas eu amei esse livro.

5 nyans para o livro.


- Resenha por Carla Pereira


27 julho, 2012

A hora mais sombria – A Mediadora #4– Meg Cabot

Essa resenha contém spoiler sobre o segundo terceiro da série. Clique aqui para ler a resenha de ‘Reunião’.







Autor: Meg Cabot
Páginas: 272
Editora: Galera Record
Ano: 2009

No quarto livro da série A Mediadora, Suzannah está de férias. Sim, férias de verão, um ótimo momento para relaxar, curtir uma praia e aproveitar com os amigos.

Só que por ter uma vida totalmente badalada, é claro que Suze não consegue o seu descanso tão esperado. Ela tem que trabalhar enquanto seu meio-irmão, Mestre vai para um acampamento nerd, Dunga ajuda o pai a cavar o quintal para fazer uma piscina e Soneca trabalha no Peeble Beach Hotel and Golf Resort, onde Suze também vai trabalhar por ter sida indicada.

Trabalhando como babá ela conhece Jack, um garotinho de 8 anos muito chato antissocial, que odeia sair de casa e é filho mais novo de um casal que não se importa tanto assim com ele, já que passa grande parte do tempo jogando golfe com o filho mais velho, Paul gostosão Slater.

Depois de muito trabalho Suze consegue finalmente tirar a criança do quarto e leva-lo para dar uma volta na piscina do hotel, e é nesse meio tempo que ela descobre o motivo de Jack ter aquele comportamento totalmente estranho. Ele é um mediador, assim como ela. Só que a família acha que ele tem problemas psicológicos e é claro que ninguém acredita nele, então todos os fantasmas que aparecem o assustam.

Em paralelo com o seu trabalho de babá cafona, que é obrigada a usar um uniforme brega, Dunga escava do quintal uma caixinha com diversas cartas antigas, de Maria da Silva , ex-noiva do amado, lindo, charmoso Jesse. Por algum motivo isso incomoda de maneira assustadora a dona das correspondências, que vem de onde quer que sua alma estivesse, e começa a ameaçar Suzannah, para que ela faça com que a família pare de cavar. Aparentemente Maria não vai medir esforços para acabar com quem quer que tente “estragar a sua reputação”.

Suze não aceita ser ameaçada de tal maneira, principalmente por alguém que teve culpa na morte de seu amor, arruma ainda mais encrenca e é ai que os verdadeiros problemas começam.
“– Aquela fantasma da antiga – disse Jack, parecendo sem graça. – A boazinha, que a gente viu o retrato na sala daquele careca. Ela disse que o tal de Hector, o da outra pintura, a pequenina, estava incomodando você, e que se eu quisesse fazer uma bela surpresa, deveria exer...deveria exor...deveria…– Exorcizá-lo? – Os nós dos meus dedos tinham ficado brancos em volta do aparelho. – Exorcizá-lo, Jack? Foi o que você fez?– É – disse Jack, parecendo muito satisfeito consigo mesmo. – É, foi isso mesmo. Eu exorcizei ele.”
Esse, com certeza, é até agora o livro que eu mais gostei da série. É cheio de ação, surpresas, emoções, enfim... Eu o devorei em tão pouco tempo, não conseguia parar de ler.

Na resenha passada eu havia falado que a estória estava bem óbvia, porém em “A hora mais sombria” as reviravoltas são tantas que você fica até sem ar.

Estou lendo a edição vira-vira da série e, nela encontrei alguns erros de escrita, nada que comprometa a leitura, porém uma revisão mais séria resolveria o problema.

O final do livro também é incrível, e esse já está na minha lista de favoritos.

Gostaria de contar bem mais do livro, mas a resenha já ficou grande demais com a minha empolgação. HAHA

Em suma, AMEI tudo, menos a família Slater. #fato
Bianca Silaman:
“18 anos. Sou atriz, namorada, filha e mãe de uma micro Yorkshire, não necessariamente nessa ordem. Não tenho coordenação motora alguma, mas quero aprender a tocar piano. Meus shows no banho ultimamente tem ficado cada vez melhores."

24 julho, 2012

Reunião – A Mediadora #3 – Meg Cabot

Essa resenha contém spoiler sobre o segundo volume da série. Clique aqui para ler a resenha de ‘O arcano nove’.






Autor: Meg Cabot
Páginas: 268
Editora: Galera Record
Ano: 2007

Suzannah tinha tudo para ser uma garota normal, exceto o fato de ser uma mediadora. Desde muito cedo, Suze se preocupa com os fantasmas que rondam o nosso mundo, e na maioria das vezes, de modo nada delicado, os despeja para onde quer que eles tenham que estar depois da morte.

No livro “Reunião”, Gina - sua melhor amiga de Nova York- vai passar as férias com ela, e tudo que as duas esperam é muita diversão, e passar a maior parte do tempo possível juntas. O que elas não esperavam era que quatro fantasmas adolescentes - Josh, Marc, Felícia e Carrie – estivessem a ponto de transformar a vida de Suze num caos total. Eles acabaram de morrer e tem sede de vingança, tudo o que eles alegam é que o acidente de carro que os matou não foi exatamente um “acidente”.

Quatro fantasmas, dois mediadores, um amor secreto, uma amizade antiga e um quase relacionamento com o nerd da turma, Michael Meducci, transforma o terceiro livro da série em uma verdadeira comédia assustadora.

Nos primeiros livros da série eu sentia muita falta de Suze se envolver em coisas perigosas e acabar se dando mal eu gosto quando os personagens se ferram, e dai? , e finalmente, em algum livro, Suze acaba se machucando de verdade. Relaxem, isso não é um spoiler.

Gostei muito desse livro e li ele beeeem rápido, assim como os dois primeiros, mas até agora, esse é o meu preferido. Suzannah está evoluindo como mediadora, e isso mostra o quanto o Padre D. e Jesse fazem a diferença na sua vida. Porém faltou falar da sua amiga Cee Cee e o Adam, e eu sempre riu com ele, então senti saudades. HAHA

 Mas Gina conseguiu ter grande destaque e me diverti com ela. A amizade das duas é realmente muito forte e supera muitas coisas, como o ciúme ou os castigos paternos. 
“– Gi – falei com alguma surpresa – O que acha que eu sou? Uma amadora? – Não. Uma idiota. Ri. Achei realmente que ela estava apenas sendo engraçada. Só muito depois percebi que não havia nada de engraçado naquilo. Porque, por acaso, Gina estava cem por cento certa."
A minha esperança é que no próximo livro o que evolua seja o amor entra ela e Jesse, eu sofro com ela com toda aquela delicia fofura fantasmagórica. Também estou na torcida para que os livros deixem de ser tão óbvios, porque é sempre a mesma estória: fantasmas precisando de ajuda, um romance idiota e sofrer pelo verdadeiro amor.

Apesar de tudo, é um livro super divertido e emocionante. Recomendo!

Bianca Silaman:
“18 anos. Sou atriz, namorada, filha e mãe de uma micro Yorkshire, não necessariamente nessa ordem. Não tenho coordenação motora alguma, mas quero aprender a tocar piano. Meus shows no banho ultimamente tem ficado cada vez melhores."

20 julho, 2012

O céu está em todo lugar - Jandy Nelson

"Eu deveria estar de luto, não me apaixonando..."


Lennie Walker nunca foi a estrela de sua própria vida. Para ela, sua irmã, Bailey, era o sol que sempre iluminava todos. Mas após a morte de Bailey, Lennie se torna a atriz principal. Lançada ao centro de sua própria vida, Lennie consegue aquilo que apenas seus livros lhe propiciaram. Amor. O que ela não sabia é que viria de dois garotos. E as últimas pessoas que ela imaginou que poderia ter.
Um é Joe Fontaine. O novo aluno que veio da França. O novo astro da banda da escola, que toca como um sonho. Não importa o que acontença, Joe está sempre sorrindo, como se não houvesse tristeza no mundo. A alegria dele contagia Lennie e com ele, ela está sempre sorrindo.
"... Seja lá o que ele for, é contagioso. Antes que me dê conta, estou imitando o seu sorriso do tamanho dos Estados Unidos, unindo-os ao Havaí e Porto Rico. Devo estar parecendo a 'enlutada alegre'." Capítulo 2, página 20.
Do outro lado está Toby Shaw, namorado de Bailey. Ele é o único que entende sua tristeza, é a quem Lennie pode contar como realmente se sente, é ao seu lado que ela pode chorar quantas vezes quiser.
Aos poucos, Lennie tem que aprender como viver sem Bailey, a encontrar sua própria melodia e decidir quem a ajuda a tocar sua vida como deve ser.
Ok, primeiro pensamento que você tem quando lê que a Lennie está pegando o namorado da irmã morta dela? "Ela é uma puta" pensamento informal, claro. Pensei isso durante boa parte do livro, mas no fim acabei superando meu preconceito.
A Lennie é muita direta, por assim dizer. Os pensamentos dela são muito claros. Na hora de escrever um livro em 1ª pessoa, muitos autores "editam" os pensamentos das personagens. Acredito que se você quiser escrever sobre uma personagem de 16 anos, deve saber o que ela pensa, e o ritmo dos pensamentos dela. Na minha opinião, Jandy Nelson encontrou a sintonia perfeita para criar Lennie. O modo como ela ri nos momentos mais inoportunos e as besteiras que ela pensa nos lugares mais inconvenientes, acho que descreve muitos adolescentes.
"Ele toca meu braço de uma forma amigável e fraternal ao passar, o que me deixa à vontade; talvez os rapazes tenham ereções o tempo todo, sem razão alguma - não sei absolutamente nada sobre as regras básicas do endurecimento do pênis. Só beijei três caras, então não tenho experiência alguma com rapazes da vida real, mas sou especialista dos que vivem em livros, especialmente Heathcliff, que não tem ereções. Espere, agora que pensei nisso, ele deve ter ereções o tempo todo na charneca com Cathy . Heathcliff deve ser totalmente o maníaco das ereções." Capítulo 5 , página 54. Exemplo de adolescente com hormônios em excesso. XD
E claro, tem o bônus da Lennie expressar seus sentimentos em poemas, histórias e conversas que teve com a irmã, os quais ela espalha por qualquer lugar... E são encontrados por uma certa pessoa, mas não vou dizer quem é.
Meu personagem preferido é o Joe. Ele é a personificação da fofura, mas também sabe ser bem rancoroso e vingativo quando quer.
O tio Big maconheiro da Lennie e a vó são super divertidos, malucos e impossíveis de se gostar. Essa é uma boa descrição da vovó Walker:
"... É óbvio que Joe e Marcus foram enfeitiçados por ela. É bem provável que conseguiria fazer com que eles roubassem um banco por ela." Capítulo 12, página 140.
Apesar da morte e perda serem um tema frequente nesse livro, "O céu está em todo lugar" ainda consegue ser hilário e encantador.

4 nyans para o livro.


- Resenha por Carla Pereira.

18 julho, 2012

Corações em Fase Terminal - Fabiane Ribeiro

Eles têm uma última chance para salvar suas vidas...

"Corações em Fase Terminal" da autora parceira Fabiane Ribeiro, é narrado em  terceira pessoa e conta a história de Cátia, uma jovem de 24 anos, filha única de Andréia e Raimundo, que sempre estudou nas melhores escolas do Rio de Janeiro, e tinha todo o conforto que o dinheiro podia oferecer, mas que mesmo assim se deixou levar pelo mundo das drogas e do álcool.
Para desespero dos pais, a garota esforçada e estudiosa pouco a pouco – junto com sua amiga Lorena – foi se perdendo no vício, se mostrando agressiva e relutante sempre que alguém tentava intervir. Até que certo dia, depois de mais uma briga com os pais que tentavam fazer a garota procurar ajuda, Cátia se tranca no quarto e adormece, mas acorda em um lugar completamente estranho, onde ela encontra uma caixa dourada com um coração cheio de manchas pretas... o seu coração.
Alguns detalhes da história me lembraram um pouquinho “O Retrato de Dorian Gray”, mas ao invés da pintura que mostra a decadência da alma do jovem, Cátia tem uma projeção de si mesma presa em um espelho, que reflete o quão perdida sua alma está, além, é claro, do seu coração que se encontra em fase terminal devido todas as escolhas erradas que ela fez.
A escrita de Fabiane é simples e suave, de forma metafórica e delicada ela conduz a trama e nos envolve na busca de Cátia em achar uma forma de curar seu coração, além de nos emocionar com a história e o crescimento de cada um dos personagens.  
            Durante todo o livro há ilustrações que ajudam o leitor a imaginar o cenário e as diversas doenças dos corações. A história toda é muito criativa e original, porém o que mais me encantou foi o final – extremamente doce e fofinho –, que pode até não surpreender, mas me deixou com um sorrisinho idiota.
            Em resumo, essa é aquele tipo de leitura rápida e leve, que passa uma mensagem legal, e com certeza vai agradar a quase todos. 

3 Nyans para o livro
Resenha por Vanessa Freitas

15 julho, 2012

Anjo Mecânico - As Peças Infernais #1 - Cassandra Clare

O mundo antes de Os Instrumentos Mortais

Autor: Cassandra Clare
Páginas: 392
Editora: Galera Record
Ano: 2012

Após a morte da tia, Tessa Gray abandona Nova York e se muda para Londres para viver com o irmão, Nate, o único parente que lhe restara. Ao chegar lá, é sequestrada pelas Irmãs Sombrias, mantida presa em uma mansão tão sombria quanto e forçada a treinar seus poderes que nem mesmo sabia que possuía. Tessa pode se transformar em qualquer pessoa apenas tocando um objeto pertencido a ela. No começo, a transformação é dolorosa, mas sabendo que a vida de seu irmão está em perigo ela acata as ordens das Irmãs Sombrias.

No mesmo dia em que Tessa descobre que as Irmãs possuem outros planos além de treiná-la, e que na verdade, planejam casá-la com o "Magistrado" - um homem que só está interessado em seus poderes -, ela é salva por William Herondale e outros Caçadores de Sombras.

Levada para o Instituto, Tessa é abrigada pelos Nephilins, e em troca de dizer tudo o que sabe, lhe prometem salvar seu irmão. Logo, começam a investigar o Clube Pandemônio, do qual as Irmãs Sombrias faziam parte, juntamente com diversos membros do Submundo. O clube parece possuir segredos e objetivos mais perigosos do que aparenta, e bizarras máquinas humanóides - feitas nem por Deus nem pelo Diabo, mas pelo homem - ameaçam os nephilins, e Tessa estará no meio dessa batalha.

Quando eu soube que teria um spin-off de Instrumentos Mortais não fiquei muito animada, achei que a Cassandra ia acabar estragando a série, que as histórias não se conectariam, mas como eu estava enganada! Acabei comprando o livro só por causa da capa, mas valeu a pena! É quase como se autora tivesse escrito esse livro antes mesmo de Instrumentos Mortais. Anjo Mecânico nos dá uma visão mais ampla do mundo dos Caçadores de Sombras, e nos mostra o passado e antecedentes de alguns personagens de Instrumentos Mortais, ajudando-nos a entender melhor a história.

Para quem já leu Cidade dos Anjos Caídos (que ainda não foi lançado), alguns personagens desse livro aparecem em Anjo Mecânico, tais como Camille e Magnus Bane.

Will é muito parecido com Jace. Os dois tem a mesma mania de esconder o que estão sentindo (apesar do Jace ser melhor nisso) e fazer com que os outros pensem as piores coisas sobre eles. Entretanto, Will é um pouco exibido e mais extravagante.

Amei o Will, mas em certos momentos fiquei com muita raiva dele. Acho que prefiro Jem, o doce, gentil e e adoentado Jem por quem a nossa protagonista fica dividida. Adorei todos os personagens, principalmente o maluquinho do Henry, cujas invenções parece que nunca dão certo.

Anjo Mecânico se passa no ano de 1878, mas tirando os Srtas. e Srs. nem parece, ah, e é claro, as referências aos romances da época já que Tessa é apaixonada por esses livros.

Um fato muito parecido com Cidade dos Ossos é como Anjo Mecânico se iniciou. Uma garota é abrigada no Instituto depois de ser salva por um carinha lindo, os Caçadores de Sombras a ajudam a salvar um parente e blá blá blá. Lembra um certo livro, não? Outra coincidência é como a Cassandra Clare adora nos enganar. Quem já chegou a ler Cidade de Vidro sabe que ela nos enganou durante 3 livros e só então nos entregou a verdade. Acontece a mesma coisa em Anjo Mecânico… Lá está você lendo, achando que sabe tudo quando a história dá uma reviravolta completa e mostra que na verdade, você não sabe nada. Completamente surpreendente e viciante, Anjo Mecânico nos leva a sentir as emoções mais extremas, assim como Instrumentos Mortais.
Carla Pereira:
"18 anos e possível futura escritora. Tenho uma pequena queda por garotos de olhos puxados e uma queda ENORME por Ian Somerhalder. Recentemente me tornei fã de Star Wars, e tenho sérias dúvidas sobre ser a única a gostar de Jar Jar Binks. Apaixonada pela França e o Japão, tenho certeza que nasci no país errado. Meus planos para o futuro envolvem fazer uma mochilão pela Europa e tentar não ser esquartejada por estranhos enquanto isso... Pois é, já falei que também sou apaixonada por filmes de terror?"