O Gato Preto - Edgar Allan Poe

Autor: Edgar Allan Poe

Páginas: 24

Editora: Melhoramentos

Ano: 2006

'O Gato Preto' foi o primeiro conto do Edgar Allan Poe que li, e até hoje é o meu preferido, não só meu conto preferido do Poe, mas meu conto preferido (ao lado de ‘A Mão do Macaco’ do W. W. Jacobs) do gênero horror/terror. 

A história é narrada em primeira pessoa, e apresenta um personagem que a primeira vista se revela ao leitor como sendo um homem afável, mas que com o decorrer do texto vai se mostrando incapaz de controlar seus impulsos mais cruéis e desumanos, um homem capaz de cometer atos horrendos.

Aos poucos ele confessa ao leitor cada um dos crimes que comete contra Plutão, o gato preto que se torna a maior vítima do dono, que dia após dia vai perdendo a razão. No começo do relato vemos que o personagem trava uma batalha contra a culpa resultante das ações maldosas que realiza contra todos ao seu redor, e tenta justificar-se de todas as formas, porém continua a perder a própria mente para as garras da insanidade, até chegar a um ponto de perversa frieza onde só se importa em sair impune.

'O Gato Preto' é perturbador. Poe tem uma escrita macabra, sombria, que aterroriza o leitor, principalmente por não definir uma barreira entre a lucidez e a loucura, o real e o imaginário. Há realmente acontecimentos sobrenaturais ou tudo não passa de alucinações de uma mente transtornada? E esse é o gancho mais sinistro de toda a trama: qualquer um pode ser levado ao limite. Além dele.

Vanessa B. Freitas:

"Linda e loira, arraso corações por onde pas... Ok, ok, vamos falar sério! Apenas jovem e mal interpretada. Um tanto insana. Neurótica. Equivocada. Presa a um sorriso que surge rápido, mas desaparece rápido também. Escritora de livros intermináveis. Advogada do Diabo contra mim mesma. Ligeiramente egoísta. Ligeiramente estressada. Um pouco perfeccionista e meio mimada. Costumo dormir umas treze horas por dia, e reclamar que estou com sono no tempo que resta. Sou tudo ao mesmo tempo, porém domino a arte de não fazer nada... Prazer em conhecê-lo."