Essa resenha contém spoiler para quem não leu o primeiro volume da série.
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O segundo volume da série começa com uma festa de Halloween, onde Molly e outras amigas da nossa protagonista decidem fazer uma sessão espírita, Beth mesmo não achando uma boa ideia, acaba cedente e se juntando a brincadeira. O que ninguém podia imaginar é que isso era o suficiente para abrir um portal e trazer Jake Thorn mais uma vez a Venus Cove. Jake se aproveita da inocência (que nessa altura do campeonato eu já estou chamando de burrice) de Bethany e a arrasta para o inferno na garupa de sua moto, onde Beth descobre que Jake não é um demônio qualquer, mas sim, um dos anjos originais que caíram junto com Lúcifer, o que faz dele um príncipe e que ele está disposto a transformar Bethany em sua rainha.
E é aí que você deve pensar: “nossa, esse livro tem muito mais ação que o primeiro”, e a resposta é não, porque mesmo com possibilidades infinitas de criar uma história cheia de reviravoltas, o livro se torna maçante já que a Beth não para de choramingar pelos cantos enquanto espera que alguém vá salvá-la. Bethany também parece estar menos sagaz do que nunca, aparentemente ela é incapaz de aprender com os próprios erros, inúmeras são as vezes que o excesso de confiança nos outros a deixou em maus lençóis. Em Halo isso até que não me incomodou, mas depois de ser levada para o inferno e conviver com vários demônios, acho que não ia doer ser um pouquinho mais perspicaz, né? Aliás, a protagonista não foi à única que me irritou, Molly tem algumas atitudes tão infantis, que me fizeram querer dar alguns tapas nela.
As coisas começam a esquentar lá pela página 250, que é quando Lúcifer entra na história – o que rendeu algumas risadas – porém o gancho não é bom e o ritmo continua lento, o que faz que um livro de 336 páginas que poderia ter sido lido em poucas horas, se arraste por quase duas semanas. No fim das contas, a autora enrola, enrola e enrola mais um pouco e joga uma bomba nas últimas duas linhas que deixa o leitor com um enorme ponto de interrogação.
Hades, aparentemente – assim como o primeiro volume da série – divide opiniões, aconselho a cada um ler e tirar suas próprias conclusões, porém não sem antes avisar que corre o risco de se decepcionar profundamente.
3 Nyans para o livro
Resenha por Vanessa Freitas