28 setembro, 2013

Liberta-me - Tahereh Mafi

 Clique aqui para ler a resenha de ‘Estilhaça-me’.


Livro recebido de cortesia da editora.





Autor:  Tahereh Mafi
Páginas: 444
Editora: Novo Conceito
Ano: 2013

‘Estilhaça-me’ foi uma das melhores leituras do ano passado, com personagens muito bem construídos moldados por um cenário deprimente, que nos trás a realidade de uma sociedade governada por líderes tiranos e opressores - tema de praxe no gênero distopico que era a febre literária do momento. A história é contada por Juliette, essa garota de pensamentos confusos e mente instável, que tem que lidar com um dom que a afasta daquilo que ela mais anseia: carinho, amor, afeto. Toda a loucura, insanidade e desespero são brilhantemente transcritos ao leitor, ora de forma delicada, ora agressiva, pela escrita ainda mais insana e poética desta autora, que consegue entrar na sua mente e bagunçar tudo e te deixar incapaz de pensar em qualquer outra coisa que não seja o próximo capítulo.

 O primeiro livro da trilogia de Tahereh Mafi termina de forma incerta, abrindo espaço para a esperança de que talvez tudo seja possível, de que talvez finalmente Juliette possa parar de prender a respiração e acreditar que as coisas iram melhorar e que talvez ela tenha aquilo que ela sempre quis... Eu estava desesperada e enlouquecida pela ansiedade, ao mesmo tempo em que era a minha vez de prender a respiração e pedir por favor por favor por favor por favor que eu não me decepcione com seja lá o que vá acontecer.

Foi assim que eu comecei a ler ‘Liberta-me’ – um ano depois de ter lido ‘Estilhaça-me’, porém com cada detalhe fresco na minha memória –, em um estado em que já me sentia saturada após ler tantas distopias e em um pânico absoluto de me desiludir, um pânico que gelava a minha pele, meu sangue, meus ossos, para enfim, fazer meu coração bater em disparada por toda a impaciência que me consumia. Sinto meu pulmão queimando depois de tanto tempo sem ar, mas um minuto depois acho que finalmente é seguro, e tomo fôlego, ufa, jamais imaginei isso. ‘Liberta-me’ é abrasador e irresistível, cheio de revelações e reviravoltas. E cruel, muito cruel, tanto com os personagens quanto com o leitor.

Sinceramente estou tão perdida quanto Juliette. Tudo é uma confusão, e eu estou olhando para um lado e para outro e não sei o que fazer. Sim, EU. Eu estava transtornada e em dúvida, tão puxada e envolvida por uma história que era quase com se a decisão fosse minha. E eu o escolho, escolho seus olhos azuis e seus beijos e seu toque, entretanto estou sendo arrastada para ele, para seus olhos verdes e sua maldade e seus demônios. Estou perturbada, em choque, paralisada, congelada. Na página seguinte meus dedos começam a tremer e eu estou gritando o mais alto que posso: e agora e agora e agora e agora?! Dois capítulos depois, estou ouvindo o som da minha voz murmurando junto com Juliette, pedindo para que a terra se abra e a leve para longe de toda responsabilidade pela qual ela nunca pediu, para longe das mortes e deste mundo que sangra e chora... Mas logo em seguida estou dizendo para ela não fugir.

Raiva, ódio, dor. Paixão contra desejo. O bom e o mau. Estou rindo histericamente, porque chega a ser doentiamente engraçado como tudo dá errado. Seria tão mais fácil se Juliette sucumbisse à escuridão, e por um momento ela realmente se perde, em dúvida. Tudo é mesmo preto no branco? A maldade é tão errada assim quando tudo te impulsiona em direção a ela? E o que fazer? O fazer quando a verdade é mais sombria que uma maldição? O que fazer quando não existe saída? Porque a única coisa certa é que alguém vai acabar magoado, não importa o quanto você minta.         

Ser bom, ser mau, isso é tão relativo. Warner para mim nunca foi o cara mau – o cara mau é alguém maior do que ele, pior do que ele –, embora isso não faça dele alguém bom. Adam não é um mocinho por completo, nem mesmo ele está imune à vingança, à sede de sangue. E Juliette, bem, ela precisa descobrir qual é a parte com maior destaque dentro dela, e aí sim escolher um lado.

Eu me recuso a dar qualquer detalhe maior sobre este livro, é necessário que você sinta todo o impacto desse trem desgovernado quando ele te atingir.
Vanessa B. Freitas:
"Linda e loira, arraso corações por onde pas.. Ok, ok, vamos falar sério! Apenas jovem e mal interpretada. Um tanto insana. Neurótica. Equivocada. Presa a um sorriso que surge rápido, mas desaparece rápido também.  Escritora de livros intermináveis. Advogada do Diabo contra mim mesma. Ligeiramente egoísta. Ligeiramente estressada. Um pouco perfeccionista e meio mimada. Costumo dormir umas treze horas por dia, e reclamar que estou com sono no tempo que resta. Sou tudo ao mesmo tempo, porém domino a arte de não fazer nada... Prazer em conhecê-lo."

6 comentários:

  1. Vanessa!
    Bom ver o blog ativo novamente.

    Liberta-me é um livro bem interessante. Já pude lê-lo e me fascinei com a bravura das personagens.
    Parabéns pela resenha.

    Receber sua visita no blog, tornou meu dia ainda mais feliz! Obrigada!

    Desejo um maravilhoso final de semana carregado de muita luz e muita paz!
    cheirinhos
    Rudy
    BLOG ALEGRIA DE VIVER E AMAR O QUE É BOM!
    " Tudo o que somos nasce com nossos pensamentos. Em nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo." (Buda)
    Blogueiras Unidas 1275!

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    1. Obrigada pelo carinho, estamos fazendo o possível para o blog voltar com a corda toda =D

      Vanessa B. Freitas


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  2. Parabéns pela resenha Vanessa! Estou ansiosa para ler Estilhaça-me e Liberta-me! Beijo!

    www.newsnessa.com

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  3. Estou adorando a série, este livro ainda foi melhor que o outro.
    Bjs, Rose.

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  4. Eu nunca li nenhum livro dessa série mas todo mundo fala maravilhas desses livro que dá até vontade de ler! *-*
    Mil Beijos!
    http://pensamentosdeumageminiana.blogspot.com.br/

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    1. Leia sim, Gabriela, tenho certeza que você não vai se arrepender! *--*

      Vanessa B. Freitas

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