22 julho, 2013

Instintos Cruéis - Carrie Jones

Desapontador. Essa é uma ótima palavra para descrever o livro que eu esperei ler ansiosamente por meses. Mas talvez tenha sido culpa minha, não tinha ideia do que se tratava, mas assim que o vi, criei grandes expectativas nele. O que me chamou a atenção? Sua capa - que acredito ser a única coisa bem feita em Instintos Cruéis -, e a sinopse. Todo aquele mistério de "o que será que apavora essa pacata cidade?", me deixou curiosa e esperando algo que fugisse do padrão "vampiro e lobisomem", algo diferente. Porém, se o resultado de diferente acabar em algo como "Instintos Cruéis", por favor, queridos autores, continuem com os vampiros e lobisomens.
Depois de meses vivendo como um zumbi após a morte do pai, Zara White é mandada para ir viver no Maine com a avó. Como se já não bastasse o frio e o cenário de filme de terror, Zara continua a ver o cara que aparentemente a segue desde Charleston. E quando ele passa, tudo o que resta é um rastro de poeira dourada.
Zara começa a perceber que sua vinda ao Maine vai mais além do que superar a morte de seu padrasto, e o único pai que conheceu. Logo, essa cidade que prometia segurança, revela-se muito mais assustadora do que ela imaginava e com segredos sombrios e inimagináveis. Para essa garota que gosta de dar nomes aos medos, é difícil não saber o que a chama na escuridão.
O livro é em 1ª pessoa, e as falas são marcadas por aspas, ao invés de travessões, o que me fez confundir várias vezes as falas dos personagens com os pensamentos dos mesmos. Alguns capítulos são bem grandes, e cada um possui o nome de um medo. Provavelmente alguma dessas fobias realmente existem, mas acredito que não todas, como por exemplo, a "vitricofobia", que seria "medo do padrasto", ou a "didascaleinofobia", ou "medo de ir à escola". Se essa fobia realmente existe, porque eu não descobri isso quando ainda tinha de ir à escola? Seria uma bela desculpa pra dar à minha mãe. Que pena.
A ideia que a autora teve não foi completamente ruim, se ela desenvolvesse melhor a história, os relacionamentos entre os personagens e as personalidades deles, acredito que o livro poderia acabar com um resultado bom, pois ela não escreve de modo ruim.
No final do livro, Instintos Cruéis me fez rever quem era os verdadeiros malvados da história. A atitude de alguns personagens não encaixou em suas personalidades, e o pouco sentimento que eu havia nutrido por eles evaporou-se. Não me identifiquei com nenhum personagem, não gostei de nenhum. Nem mesmo do par romântico de Zara, Nick. Simplesmente, não houve química entre eles.
Não vou dizer do que o livro realmente se trata, ou estragaria a surpresa e acabaria entregando o único mistério da história. Sintam-se à vontade para lerem e tirarem suas próprias conclusões, afinal, é para isso que o blog serve, para expressarmos nossas próprias opiniões, sem nenhum receio. Às vezes encontramos pessoas que concordam com elas, às vezes não.
Instintos Cruéis é o primeiro livro da série Need, e até agora o único lançado no Brasil. 
"Ela beijou a ponta do meu nariz e disse: 'Preciso lhe dizer algo, Zara. Às vezes, há certas coisas das quais as pessoas deveriam ter medo sim.'
'Tipo o escuro?'
Ela balançou a cabeça em negativa. 'Não, mais da ausência da luz. Entende o que quero dizer?'" - Capítulo "Escotofobia - O medo do escuro", página 124.

2 nyans para o livro.


- Resenha por Carla Pereira

Um comentário:

  1. Oie, vi o blog na página de divulgação vim conhecer e seguindo.
    Não conhecia esse livro, gostei muito de ler sobre ele.
    E o que está acontecendo com você, cadê os post mais recentes?
    Força nessa jornada!

    Beliscões carinhosos da Máh :)
    Cantinho da Máh
    @Maaria_Silvana

    ResponderExcluir

Deixe sempre seu comentário, dicas e criticas para que possamos melhorar cada vez mais...
Obrigada